quinta-feira, 1 de abril de 2010

Segredos da Alma

Deixe-me viver o amor.
Sempre pedi com o coração e não saberia jamais que tenho como forma de brotar nele tudo o que eu sempre fiz.
Tenho que amar a mim mesmo condenando a imaturidade sem culpa, por não compreender e não envolver alguém, mas sempre querer ser testemunha de mim mesmo, quando é mais natural a natureza das coisas e do mundo animal que mata e não sofre... Pois eu não posso...
Sou culpado pela minha pretensão e por não deixar de querer entender a evolução da matéria física abstrata quando eu criei uma idéia e uma conclusão e confesso que achei que eu teria mesmo que viver, quando nunca tinha vivido nesse paraíso em que eu deixo tudo para viver a dor que me faz existir e sentir que minha arte é a percepção de tudo o que eu vivo, quando tenho e tento entender o que causa muitas conversas entre minhas células, que são formadas por um mundo que não existe no compasso do meu tempo, que eu não escolhi e sim me disseram que é uma vida...
A mente somente mente, pois quando fala para si mesmo, esquece que tem que esconder todos os segredos da alma.
Essa é a vida que não carrega o seu destino por não saber e não dizer o que sente, pois precisa somente se entregar para dizer para onde vamos e para onde levaremos a paz e o amor, sem julgar os dogmas que todos queriam ser, sem saber não pertencer a eles, livrando assim de todos os conceitos de como se deve viver e existir.

O tempo não perdoa, ele só renova o preço do pecado.

Se minha existência dependesse somente de mim eu não evoluiria.
Quero e não consigo parar tudo o que tem dentro de mim.
Quando eu não quis, não consegui e quando pretendia aquilo que era o jogo inverso, como uma partitura sendo escrita em cima de um quebra-cabeça de duas mil peças, que só se entrelaçam no olhar daqueles que são “dogmados” e concretizados nos dogmas de seu tempo para julgar o belo, esquecendo, com toda sua verdade, sem saberem que um dia estarão no jogo da mentira. Porque não somente o tempo envelhece a beleza, mas o efêmero tem que ser esquecido... quando o pulsar do seu coração bater, mentindo para si mesmo que é mais valioso, os “julgos” da banca já estarão mortos porque o tempo não perdoa...

Estamos Vivos

Não me faço sentir como se estivesse certo.
Mesmo quando eu entro numa encruzilhada que tenho que escolher algo que são dois e me parecem quatro, dentro do meu mundo confuso, que não preciso e que ninguém quer compreender e me buscar para o caminho certo...
Tanto que não me revelo e não me entrego. Sou covarde e não tenho vergonha, pois preciso e quero viver o infortúnio de minhas dúvidas, mesmo que eu tenha que ficar só.
Sendo que a única vida que me faz viver, nunca vai me acusar e não vai se culpar, pois são duas partes que choram a minha existência.

Velas

Quando sua luz se acende, suas velas não precisam mais brilhar, pois acende para si mesmo uma luz...
Elas são pequenas e são precisas para iluminar o caminho de outros que precisam acender uma chama de fogo maior, tendo como prelúdio o seu brilho que ofusca e leva para iluminar seu mundo que, mesmo quando lançadas ao mar, não se apagam, mas criam tempestades de paixão que Faeton tinha em querer levar o sol iluminando a todos e morrendo em vão por não controlar seus pecados e desejos precoces.