domingo, 5 de setembro de 2010

Rugas


Eu quero envelhecer vendo suas rugas nascerem e quando eu percebê-las e estiver nostálgico, te darei todo o caminho que aquele rio de lágrimas desbarrancou traçando um caminho novo, que hoje é velho, mas para mim nunca envelheceu...

Desenho toda a nossa trajetória se eu olhar o álbum de trás para frente, porque as lágrimas quando você chora sendo jovem traçam um caminho e quando velhas trilham o caminho para onde não se tem mais como destrilhar.
O efêmero é eterno e a beleza é o sinônimo dele.
Mesmo que seja aço, mesmo que seja marfim ou ébano.
Mesmo que seja reto e que você não sinta a curva indiferente da velocidade.
As rugas na sua cara não serão percebíveis, pois não importa mais...
Somente importa aquilo que já existiu e acabou calando como um vulcão que adormeceu e se tornou montanha.
Isso para mim é o sentido daquilo que nunca morreu e todos sabem que existiu...

Desfiguro suas rugas e ainda te vejo bela no meu olhar indiferente do que os outros enxergam, pois elas não escondem o quanto você foi bela.
Sua beleza só cresceu e pagou com as rugas e elas são transparentes para quem te ama e enxerga sua alma.

(mázzar)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Poesia

A poesia é a ponta da flecha que te rasga o peito sem você sentir dor.
Te usando sem pedir, para ser um casulo que, quando o outono chega e as folhas e as flores caem, ele seca se transformando em alma para um caule que ainda vai viver.

(mázzar)

o que nasce e não cresce

pensando em ti
meu respiro expira em mim
sendo meu eu dentro em fora
me iludiu
acordando a penugem
que não cresceu
soprando tão suave
parecendo um furacão
na penumbra
delineando a fragilidade
do pelo que nasce
na pálpebra
aparecendo como uma silhueta
desenhado na sombra
dos meus olhos
fechados para te ver melhor
entrelaços dos meus cílios
não me feriu, mas me acordou

(mázzar e juliana biancato)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dedos Primatas

Não, não pensei, sempre senti e nunca pressenti. Somente usei os dedos, os dedos dos pés que ainda não sei porque existem, pois somente levam em vão todas as lavas e todas as levas da minha vida. A minha vida sem falar, estava ouvindo o que os dedos deles, que são envolvidos involuntariamente a escrever (sem dar a chance de desenvolver) indagam. Meus dedos são curtos. Curtos são porque só levam e não perguntam para onde... Eu não tenho dedos, somente tenho tamanho. Menos daquilo que era preciso para deixar de levar e parar para poder questionar o caminho que, quando te levam, sei antes de você, que o passo que me leva tendo os pés como chefes não se pode dizer se está certo ou errado. Meus dedos são atribuídos a uma forma que eu não escolhi e sim absolvi. Uma constância levada pelo peso e pela gravidade do corpo que está em cima de mim. Sou somente dedos e, se preciso deles, é porque eu não tropeço, só abraço os caminhos do vento embutido dentro de um sapato sem sentir o cheiro, pois se eu sentisse antes de dar um passo, sua vida não seria a mesma. Meus dedos dos pés não caminham e sim são dedos presos, presos pelos sapatos, que são celas que me protegem e deixam que a vida de todo o corpo que está acima, viva como um pêndulo. Não preciso de ar, só preciso que me deixem limpos, pois todo o dedo tem que ser esquecido, pois quando é lembrado, tira o equilíbrio de quem acha que está ereto... Meus dedos são dez, mas os dos pés não tem números, pois fazem com que você conte aqueles que te ensinam nas palavras, que são os dedos das mãos.
(Mázzar)

Asas Cortadas

Tudo o que você escreve é como se fosse armar uma arapuca que, quando você acorda é uma parte de você que, amarradas uma lasca a outra, faz com que descubra o destino que armou para pegar aquilo que já viveu e não teve o tempo futuro para aquilo que queria saber e só descobriu depois que a arapuca caiu e prendeu o todo do vôo e as belezas dos pássaros que enxergariam e não bateriam as asas só por serem dinâmicos ao ar em torno do vôo, tendo assim moldado a sua vida da mesma forma que a arapuca caiu, pois se ela não fosse amarrada lasca sobre lasca, não teria me prendido e nem prendido os caminhos pela terra e os vôos pelo vento. Minha arapuca quando cai não prende... só se arrepende.
(Mázzar)

Borboletas em gases.

Passo a passo eu posso te escrever... Será? Não sei se entendes se quero escrever ou te escrever, pois o último de tudo o que eu escrever de você, já é velho... Seu combustível é o mesmo, mas quando queima, a fumaça exalada já esta em outro lugar, carregado por outro vento, de uma outra maré, criando outros desenhos como se fossem nuvens, mas sem o tempo de imaginar o seu desenho, porque sua vida é mais longa do que a alma de uma borboleta que vive poucas horas e consegue traçar o desenho de seu combustível queimado, por enxergar mais e viver menos.
(Mázzar)

Irmão sem culpa. Pai com culpa.

“C” de seio que se escreve com s e que me leva a uma cela, de escrita certa, que deveria ser como ela que tem o vento batendo em seus mamilos e endurecendo-os com o seu sopro, me levando como se eu estivesse numa asa delta sem controle e me soltando no abismo...

(Mázzar)

Anti-dotô da depressão

Prefiro escrever minha vida de trás para frente desacreditando que ela já foi escrita de frente para trás. Posso pelo menos deixar de olhar o meu novo passo antes de andar, para continuar dando sentido a ela, pois a cura da depressão é o novo, é o não saber o que já é seu, sem nada antecipar, é não perder assim, a surpresa do destino.
(Mázzar)

Sentimentos

Não espero nada se sinto, se sorrio sem entender o que me faz absolver a dor saída de dentro para fora, que não vale para nada, mas eu interpreto como se fosse todo o sentimento das coisas e das pessoas. Sentir não precisa o controle das coisas. É para deixar fluir e não para ser interpretado. Sinto que nada sei se sinto o que sempre sentirei.

(Mázzar)

Buraco Negro

Sempre que percebo o sentido de sentir que vem a tona, digo para mim mesmo: sinto sua falta! Essa falta está dentro de mim, envolvida em uma grande montanha que, quando percebo que estou sentindo aquilo que me ferve, que me derrete, me queima, derretendo toda a neve que ofusca os olhos de quem vê de cima, refletido pelo sol, transforma aquele sentimento que existia como gelo de todo sentimento derretido. Descendo como um rio de lágrimas e revelando todo o desenho de todas as faces dessa montanha rochosa que sou eu, que por deixar de sentir, muitas vezes esqueço-me de viver todas as estações, que não são só geleiras, só frias, só inverno. Se eu não sentisse, não queimaria dentro de mim para conhecer outras estações. Meu vulcão te explica e te modifica, fazendo com que tudo se encaixe, amalgamando o tempo, como se fosse levado na velocidade da luz de algo que já é frio e morto

(Mázzar)

Agonia

Não me custo. É simples assim porque não devo a algo que me impulsiona me levando em uma direção que não tem caminho certo e sim um caminho que eu tenha que descobrir. Porque se me encontro em outras coisas que se parecem comigo, me questiono e perco tempo em descobrir algo que pode me surpreender e me ensinar como a Ana Insana... Amo a dúvida e odeio o medo de ter que decifrá-la. Eu achava que copiar era plagiar. Hoje eu vejo que é dar continuidade ao belo. A tristeza é a mais fina das verdades da alma no sentido da dor, porque quando ela vem, faz com que você preste atenção ao contrário da alegria. O excesso da simpatia é o que esconde a agonia

(Mázzar)

Modéstia à parte

Quando te vi não percebi. Quando falei não compreendi. Quando senti não consumei. Quando te tive não assumi. Quando perdi só te ganhei. Quando busquei não abriguei. Quando te amei não acreditei. Quando criei não enxerguei. Quando duvidei não aceitei. Quando confiei só me perdi. Quando te quero só me pergunto. Quando te vejo só me apago. Quando te sinto só me confundo. Quando é você não acredito. Quando é seu ser eu não mereço.

(Mázzar)

Silhueta

A argola da tua bolsa é preta. A cor negra não aparece quando vejo a cor do teu decote. ... E te beijo. Quero-te e te perdôo. Não preciso e não desdenho. A cor do preto é o verde da luz que só se exalta quando a silhueta é negra. Preto de cor, mas branca, clara, transparente da sua alma, que é a cor da água que deslumbra o contorno dos peixes. Amo-te.

(Mázzar)

Sentimento Oposto

Meu amor é só teu. Meu corpo é só meu. Meu sentido é do acaso.
Mas quando eu penso não correspondo.
Eu só não entrego o correto e sim o errado do que eu acho que é o oposto do certo.
Meus sentidos não te julgam e não colocam o seu corpo no estado que você quer estar sentindo.
Mas, aceitando o sentido da suavidade, que é o peso, o peso do amor que todos pesam, que é leve e não é, pois senão seria o estouro da pedreira dinamitada com toda a força da raiva e do inesperado.

(Mázzar)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Segredos da Alma

Deixe-me viver o amor.
Sempre pedi com o coração e não saberia jamais que tenho como forma de brotar nele tudo o que eu sempre fiz.
Tenho que amar a mim mesmo condenando a imaturidade sem culpa, por não compreender e não envolver alguém, mas sempre querer ser testemunha de mim mesmo, quando é mais natural a natureza das coisas e do mundo animal que mata e não sofre... Pois eu não posso...
Sou culpado pela minha pretensão e por não deixar de querer entender a evolução da matéria física abstrata quando eu criei uma idéia e uma conclusão e confesso que achei que eu teria mesmo que viver, quando nunca tinha vivido nesse paraíso em que eu deixo tudo para viver a dor que me faz existir e sentir que minha arte é a percepção de tudo o que eu vivo, quando tenho e tento entender o que causa muitas conversas entre minhas células, que são formadas por um mundo que não existe no compasso do meu tempo, que eu não escolhi e sim me disseram que é uma vida...
A mente somente mente, pois quando fala para si mesmo, esquece que tem que esconder todos os segredos da alma.
Essa é a vida que não carrega o seu destino por não saber e não dizer o que sente, pois precisa somente se entregar para dizer para onde vamos e para onde levaremos a paz e o amor, sem julgar os dogmas que todos queriam ser, sem saber não pertencer a eles, livrando assim de todos os conceitos de como se deve viver e existir.

O tempo não perdoa, ele só renova o preço do pecado.

Se minha existência dependesse somente de mim eu não evoluiria.
Quero e não consigo parar tudo o que tem dentro de mim.
Quando eu não quis, não consegui e quando pretendia aquilo que era o jogo inverso, como uma partitura sendo escrita em cima de um quebra-cabeça de duas mil peças, que só se entrelaçam no olhar daqueles que são “dogmados” e concretizados nos dogmas de seu tempo para julgar o belo, esquecendo, com toda sua verdade, sem saberem que um dia estarão no jogo da mentira. Porque não somente o tempo envelhece a beleza, mas o efêmero tem que ser esquecido... quando o pulsar do seu coração bater, mentindo para si mesmo que é mais valioso, os “julgos” da banca já estarão mortos porque o tempo não perdoa...

Estamos Vivos

Não me faço sentir como se estivesse certo.
Mesmo quando eu entro numa encruzilhada que tenho que escolher algo que são dois e me parecem quatro, dentro do meu mundo confuso, que não preciso e que ninguém quer compreender e me buscar para o caminho certo...
Tanto que não me revelo e não me entrego. Sou covarde e não tenho vergonha, pois preciso e quero viver o infortúnio de minhas dúvidas, mesmo que eu tenha que ficar só.
Sendo que a única vida que me faz viver, nunca vai me acusar e não vai se culpar, pois são duas partes que choram a minha existência.

Velas

Quando sua luz se acende, suas velas não precisam mais brilhar, pois acende para si mesmo uma luz...
Elas são pequenas e são precisas para iluminar o caminho de outros que precisam acender uma chama de fogo maior, tendo como prelúdio o seu brilho que ofusca e leva para iluminar seu mundo que, mesmo quando lançadas ao mar, não se apagam, mas criam tempestades de paixão que Faeton tinha em querer levar o sol iluminando a todos e morrendo em vão por não controlar seus pecados e desejos precoces.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rugas

Eu quero envelhecer vendo suas rugas nascerem e quando eu percebê-las e estiver nostálgico, te darei todo o caminho que aquele rio de lágrimas desbarrancou traçando um caminho novo, que hoje é velho, mas para mim nunca envelheceu...

Desenho toda a nossa trajetória se eu olhar o álbum de trás para frente, porque as lágrimas quando você chora sendo jovem traçam um caminho e quando velhas trilham o caminho para onde não se tem mais como destrilhar.
O efêmero é eterno e a beleza é o sinônimo dele.
Mesmo que seja aço, mesmo que seja marfim ou ébano.
Mesmo que seja reto e que você não sinta a curva indiferente da velocidade.
As rugas na sua cara não serão percebíveis, pois não importa mais...
Somente importa aquilo que já existiu e acabou calando como um vulcão que adormeceu e se tornou montanha.
Isso para mim é o sentido daquilo que nunca morreu e todos sabem que existiu...

Desfiguro suas rugas e ainda te vejo bela no meu olhar indiferente do que os outros enxergam, pois elas não escondem o quanto você foi bela.
Sua beleza só cresceu e pagou com as rugas e elas são transparentes para quem te ama e enxerga sua alma.

(mázzar)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ácido


Não extravaso,
Não estrangulo,
Não me decapto,
Não me consumo,
Não me iludo,
Não me recomendo
E não sou absolvido
Para a alegria em conjunto
Só junto o que eu posso pegar
E não rejo algo que não foi escrito...
Sou barroco e não contemporâneo...

(mázzar)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Psicografia


Quando sentei naquela cadeira senti o cheiro da cela, do candelabro da Candelária que estava perdoando os carcerários da doença terem nascido com uma alma que não é sua e sim daqueles que foram assassinados por erros que não cometeram por si mesmo. Quando morreram só viram flores, flores que choravam lágrimas, lágrimas de quem não queria derramar sangue e sim alegria por ter protegido alguém que nem sabia que tinha sido salvo.
Eu não nasci, eu morri, mas vivo sempre dentro daquilo que nunca vivi e daquelas coisas que me faltaram, coisas que alguém me disse achando que não se incorporaria lá dentro de algo menor do que o meu átomo divisível, mas eu não culpo, simplesmente não pergunto, somente peço que não viva tudo, viva sempre aquilo que é seu, porque quando for meu, tenho certeza que você saberá.
Adoro tudo que me tira aquilo que tenho de bom, que testa sem querer e sem saber que isso existe em sua vida, pois aprendo com isso.
Nossa existência já se foi, tudo isso é co-repetição de alguém que tem o dom de ilustrar o quadro mais bonito e mais lúdico de tudo o que todo o ser humano não sabe que falta algo que não tem para sentir daquilo que deve para os outros.
Te perdôo e me perdôo por não me conhecer.

(Mázzar)

Despretensão


Minha música não se dispõe aos outros porque ela já existe.
Não se pede para escrever, só vem se você merecer. Isto não é para você, isso é para os músicos.
Eu não tenho nada, não tenho nem instrumentos...
Somente um conjunto arquitetônico de pessoas que eu nem conheço e nem idolatro porque fazem com que eu pague meus pecados. Pecados que eu nem sabia que estava cometendo, mas paguei e vou continuar pagando. Sabe por quê? Porque eu não quero nada com isso, eu só quero que sejam sinceros e sinceridade é uma evolução.
Você ainda vai evoluir, está tendo uma oportunidade devido a sua ingenuidade que te carrega, pois não sabe que a despretensão é o alimento da alma para quem quer ser feliz...
Não queira nada, queira somente aquilo que você tem para dizer, que é você, que é tudo ou quase tudo daquilo que você nem sabe que existe dentro da gente.
Não se sinta o outro, somente sinta e passe o que tem de melhor.
Eu quero que faça bem principalmente a você, algo que vai te surpreender quando não pensares e sim sentires...
Não deixem que te levem para aquilo que eles queriam ser.
Quanto à intuição, ela não existe para quem estuda a música e sim para quem não quer agradar as pessoas que se sacrificam tentando executar algo que os outros pretendiam fazer.
Sua intuição é única, pois você mesmo não consegue reproduzi-la. Isso é o espírito da música e não o corpo malhado com vários arpejos...
Diminua que você aumenta.

(Mázzar)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Veneno Sem Perdão


Mais uma gota do vinho caiu dentro da sua garganta de bacante, mas antes deixou sua língua roxa, tirando o roxo dos seus lábios de tão pouco que era.
O sabor não vinha da cor e sim do pecado que o resto daquela bebida preencheria na cor de rubi que refletia a luz com o seu interior cheio de ar.
Se eu te beijasse existiria perdão, mas prefiro o pecado.
Prefiro a morte que nasce depois que uma vida se estabelece!
(Mázzar)

Déjà Vu


Quando eu te senti
o teu cabelo dado ao vento me chamou
como uma réstia do destino em que eu vivi
levando em frente um amor
que parecia um déjà vu

Tal como um átomo do meu corpo
reconhecendo o outro
do corpo ao lado
do corpo alado
(Mázzar)

Cigarro em Lágrimas


A gentileza talvez com certeza!
Porque não pedíamos e não esperávamos. Mas o cigarro, esse sim, esse pede!
Tudo bem. Dobrei minha perna sobre minha panturrilha esquerda, dali a pouco a esquerda sobre a direita. Minhas pernas já estão descansadas, mas o cigarro está quase em lágrimas...

Estávamos ludicamente embriagados pela embriaguês dos outros, prefiro a alheia.

O bar continua lá, mas a fumaça migrou para dentro de casa, de preferência no quarto. Na madrugada. Escondido de outros. Como se fosse um crime instigado pela bebida. Sufocado pela ausência da liberdade de se sentir livre daqueles que você queria que soubessem que você exala fumaça e inala suspiros de quem se sente aliviado por soltar a angustia e suspiros de quem sofre por descobrir o vício de quem sofria por esconder algo que nunca quis omitir.

(Mázzar)

Asas


Nada me leva. Tudo me carrega.
Nada me impulsiona. Tudo me conduz.

Você sabe que eu te levo, mas eu te busco.
Te deixo, mas não te entrego.
Te solto, mas não te largo.
Você sabe que é livre, mas não tem asas para voar se eu não fizer com que elas cresçam.
Mas dentro do meu ser queria ter você só para mim, mas eu não...

Não quero te perder, não quero te prender, só quero te acompanhar...

Você gosta tanto da forma como eu te olho, te falo, te escuto, te toco, te beijo te sinto, te desejo e te aceito.
Tanto e tanto que quando eu não faço você reclama.

Te quero tanto que não entendo se é bom ou ruim...
Talvez se eu entendesse, não teria escrito isso.

(Mázzar)

Taça, Teça, Teia


Que a meia taça no teu seio aqueça e teça com toda a força.
E a infragilidade dê/forma ao tamanho e possa romper...
Eu diminuiria ao tamanho de uma aranha, se o meu tamanho amor fizesse com ela arrebentasse com o peso do meu corpo.
Prefiro a leveza da minha alma embutida na forma de um orvalho na teia do seu amor.

Gosto do seu tamanho, não o mude...
Já não consigo com ele mesmo, se você o diminuir, não diminua junto com o seu corpo e sim com sua carência de ser amada da forma física em que você se doa devidamente, sem se sentir mais linda e sim amada.
Não mude. Não se ache pesada na forma do corpo e sim leve para o ser amado.

Mordi o meu amor e descobri que o pedaço que eu tirei de tanto amar não veio em forma de amor e sim de medo que talvez ele não existisse, aí ele diminuiu...

(Mázzar)