sexta-feira, 1 de junho de 2012

Maio 2012


As coisas acontecem quando você menos espera.
Não se desespere, só o relógio ao contar o tempo erra.
Descole os pés dos sapatos,
o que hoje parece impossível, um amor inalcançável,
depois da chuva, o granizo e a geada,
poderá demonstrar o quanto uma alma penada
foi verdadeira no seu sentimento.
Com o passar do tempo todo o sofrimento de amor se apequena.
O choro, a dor que hoje tem o tamanho do mundo,
num próximo segundo não há de tocar a alma
daquele que mais tem piedade.
Problemas de verdade podem gerar comoção, ajuda de amigos e até o perdão dos inimigos,
mas aqueles que vêm da imaginação, esses não!
São quimeras funestas que serão objetos de acusação
moral e desejo abjeto.
O lucro de ser vítima de alguém
e achar que tem a vantagem do perdão.
Acredite na palavra uma vez levantada,
a semente lançada na terra um dia poderá nascer.
Se quiser me ouvir, como amigo te falo, 
como inimigo me calo.
Não temos obrigações entre nós de alianças românticas.
A razão é o caminho onde se anda sozinho.
Não queira por justiça reivindicar 
a espontaneidade do amor.
O amor é uma verdade sem vergonha,
é o pecado original de aceitar a si mesmo
como um ser novo a cada momento,
de se dizer mentiras com encantamento,
de se prevalecer de palavras
que amolecem um coração, com ameaças
de prisão e encarceramento.
(Octavio CamargoMázzar Mazzarolo e Juliana Biancato.
Maio de 2012)


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